De tanto andar o seu tênis furou
Cadu Corrêa
De tanto andar o seu tênis furou.
O pé tocou o chão. Sem opção ele lançou,
Com as próprias mãos com os próprios pés,
A sua sorte rumo ao cais. Ele tomou a embarcação pra Trinidad.
De tanto achar que não dava mais pé,
De tanto comer o pão que o diabo amassou
Com as próprias mãos com os próprios pés,
Ele ergueu o olhar pro céu, olhou pra si e viu que estava ao Deus Dará.
Mas percebeu reclamar era em vão.
Ele então se conformou e fez das tripas coração
Com as próprias mãos com os próprios pés.
Também jurou não se abalar e fez de tudo para não perder a fé.
Perder a fé.
Perder o chão.
Perder a mão.
A direção.
E ao coração que vai ficar
Quem é que vai dizer que não?
De tanto andar o seu tênis furou.
O pé tocou o chão. No fim foi bom, pois alcançou,
Com as próprias mãos com os próprios pés,
A sua sorte e muito mais e tudo isso sem nunca perder a fé.
Perder a fé.
Perder o chão.
Perder a mão.
A direção.
E ao coração que vai ficar
Quem é que vai dizer que não?
De tanto andar o seu tênis furou.
O pé tocou o chão. Sem opção ele lançou,
Com as próprias mãos com os próprios pés,
A sua sorte rumo ao cais. Ele tomou a embarcação pra Trinidad.
De tanto achar que não dava mais pé,
De tanto comer o pão que o diabo amassou
Com as próprias mãos com os próprios pés,
Ele ergueu o olhar pro céu, olhou pra si e viu que estava ao Deus Dará.
Mas percebeu reclamar era em vão.
Ele então se conformou e fez das tripas coração
Com as próprias mãos com os próprios pés.
Também jurou não se abalar e fez de tudo para não perder a fé.
Perder a fé.
Perder o chão.
Perder a mão.
A direção.
E ao coração que vai ficar
Quem é que vai dizer que não?
De tanto andar o seu tênis furou.
O pé tocou o chão. No fim foi bom, pois alcançou,
Com as próprias mãos com os próprios pés,
A sua sorte e muito mais e tudo isso sem nunca perder a fé.
Perder a fé.
Perder o chão.
Perder a mão.
A direção.
E ao coração que vai ficar
Quem é que vai dizer que não?