08 maio 2008

Tão singular

Cadu Corrêa

Dói amor, dói amar
Dói dançar assim sem par
Dói dormir e acordar
Dói de não poder gritar

Dói no pão, dói no chá
Dói a dor tão singular
Do tendão até a lombar
Dói demais a vida

No sertão, dói no mar
Dói no vão, no espaldar
Dói no "não", dói no "já"
No que foi, no que virá

No pulmão ao respirar
Dói a dor tão singular
Do dedão à jugular
Dói demais a vida

Desde aqui a Shangri-lá
Dói a dor tão singular
Na solidão de esperar
Dói demais a vida

1 Comments:

Blogger Casa de Argyla said...

que bom ler coisas novas e tão lindas ! o amor é a dor é a chama da poesia, da arte , da vida ! Sou seu fã !

Grecco

10:37 AM  

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